nossos ombros

do que mais sinto falta talvez das nossas andanças o fôlego tropeçado e esquecido acuado na ponta dos móveis nós dois tais quais ombros dedilhando as esquinas do que mais sinto a falta quem sabe de nossas histórias interminavelmente cerzidas dos nossos olhos calibrados na ânsia do desconhecido na espera do próximo trem na escuta da tônica linha do que mais falta esse céu que nos tocava a tez a água a linha perseguida do tênue horizonte finito de nossas ideias procriadas a partir doutras e destas mãos pelos pés no trocadilho eriçado de nossos enganos de tuas palavras de meus outros caminhos de nosso encontro na ilusão do sentido.

sob o fora

~ by nossosombros on November 2, 2009.

Leave a comment